Reportagem
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O discurso da campanha de Donald Trump foi de que,Caça-níqueis populares, sob seu governo,Slots eletrônicos,jogar caça-níqueis no celular, a censura seria proibida nos EUA e que a liberdade de expressão vingaria. Mas a ofensiva do novo presidente vem fechando sites de agências federais,ruleta casino, suprimindo informações, dando cargos para jornalistas conservadores e trocando espaços dados para jornais tradicionais por membros de sites e influenciadores aliados.
Um levantamento realizado pelo New York Times indicou que, desde sexta-feira, 8.000 sites oficiais do governo foram suspensos,Slots de vídeo,ruleta casino, trocados ou impactados depois de Trump exigir que políticas de diversidade e referências à "ideologia de gênero" sejam apagadas.
O que vem sendo chamado de "expurgo" promoveu a remoção de informações sobre vacinas,photo roulette,slotomania,Slots de bônus,Bet,Melhores caça-níqueis eletrônicosCaça-níqueis com bônus, crimes de ódio e pesquisas científicas dos sites oficiais.
O UOL consultou vários deles e se deparou com alertas de que os sites estão sendo modificados,jogar caça-níqueis no celular,Caça-níqueis de mitologia,ruleta casino,Slots com temática de aventura,Caça-níqueis móveis,rpg.bet, sem previsão de quando poderiam voltar a funcionar.
Vários sites de dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, por exemplo, relacionados a HIV, pessoas LGBTQ, comportamentos de saúde de jovens e outros foram removidos ou substituídos.
"O site do CDC está sendo modificado para cumprir as ordens executivas do presidente Trump",rpg.bet,casino online, anuncia a página. Outros sites sobre saúde das mulheres foram removidos ou esvaziados.
Oficialmente, o objetivo dessas agências é a de atender às ordens de 29 de janeiro de Trump e que instruiu as instituições a remover "todas as mídias voltadas para o exterior que inculquem ou promovam a ideologia de gênero" até as 17 horas de sexta-feira. Como a remoção da linguagem levará tempo, a opção foi retirar do ar muitos dos sites.
As medidas estão gerando reações duras de organizações de saúde, de cientistas e de pesquisadores. A Infectious Diseases Society of America (IDSA) e a HIV Medicine Association (HIVMA), por exemplo, alertaram que o acesso a informações é fundamental para o gerenciamento de doenças e para a tomada de decisões médicas baseadas em evidências.
"A remoção de recursos relacionados ao HIV e à comunidade LGBTQ dos sites do CDC e de outras agências de saúde é profundamente preocupante e cria uma lacuna perigosa nas informações científicas e nos dados necessários para monitorar e responder a surtos de doenças", disseram Tina Tan, presidente da IDSA, e Colleen Kelley, presidente da HIVMA.
Na transformação promovida por Trump no acesso à informação, uma das medidas anunciadas foi a decisão da Casa Branca de abrir suas coletivas de imprensa para influenciadores, criadores de conteúdo e podcasters. Tradicionalmente, apenas jornalistas eram autorizados.
"Se você é um criador de conteúdo do TikTok, um blogueiro, um podcaster - se você está produzindo conteúdo legítimo de notícias, não importa o meio - você poderá solicitar credenciais de imprensa para a Casa Branca", disse a secretária de imprensa Karoline Leavitt. Segundo ela, essas são as "novas vozes da mídia".
Em poucas horas, o governo Trump recebeu a solicitação de mais de 7,5 mil influenciadores por credenciais de imprensa. Até esta quarta-feira, 12 mil podcasters e influenciadores tinham solicitado credenciamento para a Casa Branca.
Se a democratização é considerada como uma consequência da nova tecnologia, observadores alertam sobre o que isso vai significar em termos de disseminação de desinformação ou a ocupação do espaço da imprensa por aliados das redes sociais, em especial de Elon Musk.
Esses influenciadores ainda foram considerados como estratégicos para que Trump vencesse as eleições e registrasse um salto na votação de jovens. O republicano obteve 43% dos votos de jovens de 18 a 29 anos em 2024, um aumento de 7% em relação à eleição de 2020.
Os problemas sobre o acesso aos sites ocorrem no momento em que o governo Trump deixa claro que vai promover uma "rotação" entre os jornalistas que contam com escritórios dentro dos prédios públicos.
O Pentágono anunciou que a One America News Network, porta-voz de teorias conspiratórias, substituiria a NBC News na sede do Departamento de defesa, e o Breitbart ocuparia o lugar da National Public Radio.
Já o jornal The New York Post, um aliado de Trump, ficará no espaço que até hoje era do The New York Times. O site Politico também será substituído pelo HuffPost.
Todos os meios que perderam o espaço promoveram uma cobertura rigorosa sobre a nomeação do novo Secretário de Defesa Pete Hegseth, um ex-apresentador da Fox News e veterano de guerra. O Breitbart, por exemplo, ganhou o espaço de uma rádio. Mas o site mal tem uma operação de rádio própria e o termo "rádio" sequer aparece em sua página inicial.
De acordo com o novo porta-voz do Pentágono, Jonathan Ullyot, as mudanças se aplicam a espaços de escritórios individuais no "Corredor dos Correspondentes" no Departamento de Defesa. Segundo ele, o programa de rodízio anual "ampliará o acesso ao espaço limitado do Corredor dos Correspondentes para veículos de comunicação que não desfrutaram anteriormente do privilégio e do valor jornalístico de trabalhar em um escritório físico no Pentágono".
"Para ser claro, os veículos de comunicação que desocuparem os espaços emprestados a eles" pelo secretário de defesa 'permanecerão como membros plenos do Corpo de Imprensa do Pentágono', escreveu Ullyot.
O porta-voz garante que os demais jornalistas "continuarão a ter o mesmo acesso da mídia ao Pentágono e poderão participar e cobrir briefings e ser considerados para viagens com líderes civis e militares do Departamento, como faziam anteriormente". A única mudança será abrir mão de seus espaços físicos de trabalho no prédio para permitir que novos veículos tenham sua vez de se tornar membros residentes do Pentagon Press Corps", disse.
Mas as suspeitas ficaram evidenciadas nos comunicados emitidos pelas agências. A NBC News, por exemplo, afirmou que estava "desapontada com a decisão de nos negar acesso a uma cabine de transmissão no Pentágono que usamos há muitas décadas".
Num comunicado, a NPR afirmou que "a decisão interfere na capacidade de milhões de americanos de ouvir diretamente a liderança do Pentágono e na missão de interesse público da NPR de atender aos americanos que recorrem à nossa rede de estações de mídia pública local em todos os 50 estados".
Kevin Baron, ex-vice-presidente da Associação de Imprensa do Pentágono, chamou o desenvolvimento de "o apagamento do jornalismo no Pentágono".
O National Press Club, um defensor da liberdade de imprensa, disse em um comunicado que estava preocupado com o anúncio do Pentágono e pediu ao Departamento de Defesa que fornecesse mais clareza sobre a decisão.
"O National Press Club está profundamente preocupado com a decisão do Departamento de Defesa de remover certas organizações de mídia de seus espaços dedicados no Pentágono", disse o presidente do National Press Club, Mike Balsamo, em um comunicado. "Qualquer ação que restrinja a capacidade dos jornalistas de informar sobre as operações do governo dos EUA deve alarmar todos os que valorizam a transparência e a liberdade de imprensa.
Outra constatação é de que Trump não hesitará em nomear influenciadores e jornalistas aliados para cargos chave. No Departamento de Estado, um dos postos irá para um jornalista conservador que promoveu teorias da conspiração relacionadas ao ataque de 6 de janeiro ao Capitólio e foi demitido do primeiro governo Trump quando foi revelado que ele havia falado em uma conferência ligada supremacistas brancos. Darren Beattie agora será o subsecretário Diplomacia Pública e Assuntos Públicos.
Beattie lançou a Revolver News, um site que arrecadou fundos vendendo roupas e artigos pró-Trump.
Ainda antes de tomar posse, ele escolheu como novo secretário de Defesa, Pete Hegseth, o ex-apresentador da Fox News.
Também causou um profundo mal-estar nas redações a decisão do governo Trump de solicitar o material bruto do programa "60 Minutes", no qual a então vice-presidente Kamala Harris foi entrevistada. O presidente Trump processou a CBS em um tribunal federal, alegando que a entrevista foi "adulterada" para ajudar Harris a derrotar Trump.
Além disso, uma entidade aliada ao governo apresentou uma queixa de "distorção de notícias" à Comissão Federal de Comunicações, a agência governamental que licencia as estações de TV. Como resultado, o novo presidente da Comissão, Brendan Carr, enviou uma comunicação à rede de televisão pedindo que a emissora entregasse as gravações.
A queixa, que data ainda de 2024, havia sido arquivada por Jessica Rosenworcel, nomeada pelos democratas. Mas foi recuperada pela atual administração.
Carr, um aliado de Trump, atacou a Apple, Facebook, Google e Microsoft por desempenharem "papéis centrais no cartel da censura".
Ao se aproximar ainda de Elon Musk, ele apoiou a ideia de uma lei federal que puniria as empresas de mídia social que bloqueiam ou suspendem usuários por seus "pontos de vista".
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